sexta-feira, 22 de outubro de 2010

As Meninas Super Poderosas

Embora a quantidade de visitas ao blog ainda seja pequena, eu quero pedir desculpas pelo hiato de postagens que ocorreu por aqui. O tempo anda escasso, e como - é mais do que evidente que - eu não vivo do blog, a correria me impediu de dar a devida e merecida continuidade ao meu pequetuxo. A frequência aumentará, prometo-lhes, e agora continuem coma programação normal:

Título Original: The Powerpuff Girls
País de Origem: Estados Unidos
Estúdio Responsável: Cartoon Network
Criador: Craig McCraken
Ano de Lançamento: 1998

Confesso que demorei para dar a devida atenção às Meninas.  Desde sua estréia, desde que me lembro, a animação sempre me entreteu, e ao contrário do crime que cometi contra Avatar, assisti desde o principio - ou melhor dizendo, desde que o SBT começou a exibi-lo, porque como a maioria dos cartoons americanos, não há começo, meio, nem fim, e sinceramente, nesse caso, não faz falta nenhuma.

Ia assistindo e, aos poucos, as pentelhas cotocas passavam a me divertir mais e mais, conforme eu percebia as deliciosas sutilezas adultas inteligentemente colocadas ali, no meio de cada episódio. Não discorrerei sobre elas, mas é evidente que se você já assistiu à série com olhos além do "poota desenho caça níquel" sabe do que estou falando.

As crianças não capazes de percebê-las, mas ainda assim se divertem. Os adultos também se divertem. Da próxima vez que disserem pra você que "desenho é coisa de criança", perguntem se é coisa de criança falar de político burros e incapazes. E então apontem o sr. Prefeito de Townsville.

A Versão Japonesa

À época de seu lançamento, em 2006, ter um Z no nome era garantia de chamar público pra um anime. E assim surgiu como Powerpuff Girl Z (As Meninas Super Poderosas Geração Z, aqui em terra brasilis), a versão nipônica das cotocas.

Eu olhei torto pras primeiras imagens que vi do anime, quando ainda eram apenas uma prévia. Pareciam Magical Do-Re-Mis com síndrome de Avril Lavigne ou coisa parecida. Mas disse pra mim mesma: "vamos ver no que dá".

O visual transado não pra negar, é legal. Gostei do aspecto mais plausível que a série deu às cotocas - agora não mais cotocas -, incluindo sua origem e poderes.

De resto, quem já assistiu um anime - aliás, qualquer desenho voltado para meninas entre 7 e 12 anos sabe do que se trata; traquitanas coloridas pululam na tela, prontas para virar acessórios e brinquedos para que as pequenas implorem aos pais de presente. Uma transformação fanservice estilo Sailor Moon, histórias fracas e bobinhas e voilá: um sucesso de audiência.

Não é que a série original tenha histórias mais sérias, pelo contrário, o non-sense é o que reina. Mas na versão made in Japan faltou aquela suave maldade nas piadas e situações que a versão americana tem de sobra.

Na dúvida, fique com as orginais.

Sem aberturas hoje. Não sei onde o Youtube enfiou o botão de Incorporar...

2 comentários:

João do caminhão disse...

Muito legal Patricia, tenho admiração dessas produções originais do Cartoon Network dos anos 90, é engraçado notar como os americanos que são tão politicamente corretos deixaram passar obras que são visivelmente politicamente incorretas para seus baixinhos. E mesmo sendo obras cômicas é inegável notar que se tem um certo teor de violência incluso aí, como quando as meninas arrancam dentes, braços, etc... dos vilões (até sangue eu lembro de ter visto em alguns episódios). E as outras produções da mesma década eram do mesmo nível, com os assustadores episódios do Coragem, os finais pessimistas do Laboratório do Dexter, o narcisismo do Johnny Bravo e por aí vai. Particularmente não tem como não gostar desses cartoons.

Patricia Loupee disse...

O caso não é nem desenhos em geral, e sim o Cartoon Network.
Poucas vezes eu vejo o nível de politicamente incorreto que as produções do canal tem em outros estúdios (eu acho que o único caso é o do Bob Esponja, mais sutil e incorreto de maneiras diferentes, mas ainda assim, incorreto).
Me impressiona o fato de tanta coisa realmente ter passado raspando pela censura. Talvez por ser um canal pago, sei lá, e da audiência deles servir de referência pros canais abertos.
O que importa é que foi bom enquanto durou. O estilo do canal agora está mudando, espero eu que volte a ter coisa de tanta qualidade (as séries novas do Ben 10 já são algo - ainda um pusta caça níquel, mas muito mais inteligentes do que a primeira).