quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Uma Cilada Para Roger Rabbit

Título Original: Who Framed Roger Rabbit
País de Origem: Estados Unidos
Estúdio Responsável: Walt Disney/Touchstone Pictures
Criador: Jeffrey Price e Peter S. Seaman
Ano de Lançamento: 1988

Eu assisti esse filme ainda na infância, no tempo em que a Sessão da Tarde da "dona" Globo ainda não era tão politicamente correta e exibia bom conteúdo em seu parco horário(yeah, se você tem menos de quinze anos, não sabe que naquele horário antes das novelas já foram exibidos os melhores filmes de toda a década de 80. Se você sabe o que eles representaram para toda uma geração).

Misturar ação em live action com animação era novidade na época, e a fórmula foi repetida à exaustão nas décadas seguintes - e que me perdoem Pernalonga e cia., mas nenhum filme do gênero jamais se igualará à "Uma Cilada..."(O Mundo Proibido chegou quaaaaaaaaaaase lá. Mas só quase).

O clima de filme noir já foi por si só uma sacada genial, e a idéia de desenhos como seres reais, coexistindo naturalmente com humanos, é o sonho de qualquer criança, ao mesmo tempo que diverte os adultos com aquelas sacadas que a inocência infantil ainda não é capaz de traduzir (eu entendi o lance do "pirulito que bate-bate", meu primo não, mas anyways, vê maldade quem quer).

A história é a paródia de filmes de detetive que se propõe a ser: o dono da Desenholândia(a "cidade" dos desenhos), Marvin Acme, é assassinado. O modus-operandi (esmagamento por piano) leva à um desenho.

Como Acme vinha brincando de "pirulito que bate-bate" com a esposa do coelho Roger, Jessica Rabbit (símbolo sexual de muito tiozão dos dias de hoje), ele é o principal suspeito, e acaba caindo nas mãos de Eddie Valiant (o mais que excelente Bob Hoskins) inocentá-lo, mesmo que seja um caso que ele não queira, pois anos antes, seu irmão foi assassinado também por um desenho.

Mais que um filme muito bem realizado para seu tempo, "Uma Cilada..." acabou se tornando uma ode aos desenhos da era de ouro, no tempo em que o povo ainda ia ao cinema para vê-los, pois não existia televisão, e de um tempo em que os mesmos povoavam as manhãs de nossa infância.

É impossivel não rir com as "gags" clássicas desse estilo, como marteladas e bigornas, buracos portáteis e o caramba à quatro, presentes no filme inteiro. A cena em que Eddie Valiant mata as doninhas de rir é um amontoado delas, e tenha cuidado - pode te matar de rir também!

E uma salva de palmas mental aos desenhos que não precisavam ser "familia" para agradar dos 8 aos 80!

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